Rodovia localizada na região da Floresta Amazônica onde o terreno é quase sempre plano, com pântanos alagadiços. O projeto consistiu na implantação e conservação de 874 quilômetros de rodovia pavimentada, com 17 pontes e viadutos.

A AG criou duas frentes de trabalho que iniciaram as obras ao mesmo tempo, nos dois extremos da futura rodovia - Manaus e Porto Velho - até se encontrarem no caminho. A obra enfrentou grandes desafios devido à geografia local, mas tornou-se uma referência mundial de engenharia.

O desafio

A planície amazônica era o fundo de um grande lago pré-histórico, assentado sobre solo vegetal e argila de má qualidade. Não havia material adequado à construção de rodovias, e deslocar brita, pelo rio, a partir da pedreira mais próxima, a 300 quilômetros de distância, foi uma operação complexa.

As frequentes chuvas na maior parte do ano na região amazônica também atrapalharam o avanço das obras, já que o terreno que tinha sido avaliado como sólido durante a seca, tornava-se brejo, pântano e alagadiço em velocidade impressionante.

Características técnicas

Foram implantados 874 quilômetros de rodovia pavimentada, com 17 pontes e viadutos entre as cidades de Manaus e Porto Velho. Em vez do revestimento em cascalho - previsto no projeto original e em falta no solo dominado por argila -, uma nova cobertura foi adotada em trechos críticos da estrada: o solo compactado, com uma camada de 20 centímetros de argila e cimento misturados e outra camada de areia e asfalto.

Inovações aplicadas

A obra exigiu soluções inéditas para superar as dificuldades logísticas e condições climáticas, além de fatores como a falta de rocha para a fabricação de brita, solos de baixa qualidade, pouca insolação para secagem da terra e materiais. O acesso de pessoal e equipamentos precisou ser feito por via aérea ou fluvial e foi preciso recorrer à melhoria dos solos a métodos alternativos de secagem - como o uso de secadores de solos a diesel e cobertura do trecho executado com lona de proteção contra as chuvas

A relevância econômica

Na década de 70, o governo tinha planos de ocupar a Amazônia e abrir estradas capazes de ligar a região ainda inóspita ao resto do país. “Integrar para não entregar” era o slogan da implantação da chamada Amazônia Legal, que evitaria invasões externas ou ameaças internas, como as representadas por madeireiros e garimpeiros ilegais.

Como era uma região com pouca infraestrutura, foram criadas linhas de financiamento e crédito generosos, destinados a empreendedores dispostos a criarem indústrias,usinas, minas, cidades e estradas, como a Manaus-Porto Velho.

Desenvolvimento humano

O projeto, durante os cinco anos de execução, gerou mais de 4500 empregos diretos. Na reta final da obra, quase 85% dos trabalhadores em ação nos canteiros de obra da BR-319 eram da própria região amazônica.

874 km de rodovia

Nossos projetos

Explore nosso portfólio completo

Conheça nossos projetos

Busca